A busca por práticas sustentáveis deixou de ser uma tendência para se tornar uma urgência no setor de turismo. Em um mundo cada vez mais atento ao impacto ambiental, o conceito de turismo verde está moldando a nova geração de hotéis – mais conscientes, eficientes e conectados com as demandas ambientais e sociais da atualidade. Nesse cenário, a eficiência energética se consolida assim como pilar central da transformação sustentável na hotelaria.
Afinal, hotéis são, por natureza, grandes consumidores de energia. Climatização, iluminação, aquecimento de água e operação de equipamentos exigem consumo constante – e muitas vezes, desnecessário. A resposta a esse desafio tem vindo da tecnologia: sistemas inteligentes de automação predial e gestão energética têm possibilitado uma mudança radical no uso racional de recursos dentro dos empreendimentos hoteleiros.
Com o apoio de soluções digitais integradas, é possível reduzir em até 20% os custos com energia, ao mesmo tempo em que se diminuem as emissões de CO₂. Esses sistemas monitoram, controlam e otimizam o consumo em tempo real, adaptando iluminação e climatização automaticamente ao perfil de ocupação, horário do dia e preferências do hóspede. O resultado? Um hotel mais eficiente, econômico e sustentável – sem abrir mão do conforto.
Além da economia direta, a automação promove uma redução significativa na infraestrutura física: o cabeamento pode ser reduzido em até 60% e os componentes de conectividade em 25%, tornando dessa forma as instalações mais enxutas e sustentáveis desde a base. A tecnologia também facilita a realização de retrofits em edifícios mais antigos, permitindo que equipes atualizem essas estruturas com agilidade, sem grandes obras ou substituição de componentes.
A flexibilidade dos sistemas baseados em padrões abertos, como o protocolo KNX – um padrão internacional aberto para automação predial que integra o controle de iluminação, climatização, segurança e outros sistemas, permitindo a interoperabilidade entre dispositivos de diferentes fabricantes – garante ainda que os hotéis possam se adaptar facilmente a novas exigências e tecnologias futuras – seja ampliando instalações, seja incorporando novas fontes de energia limpa, como solar ou eólica.
Mas a eficiência energética não atua sozinha: ela se integra a um ecossistema mais amplo de soluções voltadas à qualidade da experiência do hóspede, como o controle personalizado do ambiente por meio de aplicativos intuitivos. O próprio hóspede gerencia luz, temperatura, cortinas e serviços, promovendo uma estadia confortável e alinhada aos princípios da sustentabilidade.
Do ponto de vista da gestão, os dados coletados em tempo real também impulsionam a produtividade operacional. Os gestores conseguem mapear padrões de uso, identificar gargalos e tomar decisões mais assertivas sobre consumo, manutenção e investimentos – tudo de forma integrada a sistemas de gestão hoteleira e predial.
Em tempos em que a reputação ambiental influencia diretamente a decisão de reserva, investir em eficiência energética é mais do que uma ação técnica – é uma estratégia de posicionamento de marca. Os hóspedes não apenas percebem o conforto, mas valorizam o compromisso ambiental dos lugares onde escolhem se hospedar.
Sustentabilidade, neste novo ciclo da hotelaria, começa no consumo inteligente de energia. E os hotéis que adotam essa agenda desde já não apenas reduzem custos: lideram a transformação do turismo em um setor mais responsável, inovador e conectado com o futuro do planeta.