O Sistema de Gerenciamento Predial (Building Management System – BMS) continua sendo o núcleo central de um edifício inteligente. Embora tecnologias modernas (como plataformas de IoT em nuvem) ganhem visibilidade, é o BMS que exerce controle direto sobre os sistemas operacionais do edifício — e, para edifícios comerciais ou industriais, isso é crítico para segurança, confiabilidade e desempenho energético.
Principais pontos
- Papel Vital do BMS
- O BMS já está embutido no edifício como sistema permanente e é responsável por decisões operacionais críticas do dia-a-dia, não apenas por coleta de dados ou visualização.
- Ele fecha o “loop” de controle local, de maneira determinística e independente de conectividade externa.
- Limitações de algumas soluções IoT externas
- Plataformas baseadas em nuvem ou sistemas IoT muitas vezes ficam no nível de agregação ou visualização de dados — úteis para diagnóstico ou análise, mas sem responsabilidade imediata de ação.
- Se dependem de conectividade externa ou de terceiros para agir, podem introduzir atrasos, insegurança ou pontos de falha.
- Evolução: expandir o BMS com sensores modernos
- Em vez de substituir o BMS, a proposta é expandir suas capacidades por meio de sensores adicionais, como os baseados em LoRaWAN.)
- Exemplos: sensores de ocupação, CO₂, temperatura, umidade, estado de portas/janelas — conectados sem necessidade de cabeamento adicional pesado.
- Esses novos dados permitem que o BMS “reaja em tempo real”, ajustando parâmetros de ventilação, sequência de funcionamento de equipamentos, fluxo de ar etc.
- Vantagens dessa abordagem híbrida
- Mantém toda a confiabilidade, auditoria e responsabilidade local do BMS tradicional.
- Evita fragmentação do controle; permite integração com dashboards de nível superior ou analytics corporativo sem ceder o núcleo de atuação local ao ambiente externo.
- Reduz custo e complexidade de infraestrutura para expansão de sensores — já que usar LoRaWAN ou similar minimiza intervenção física.
Conclusão
Um edifício inteligente mais eficaz não substitui o BMS; ele o complementa e o estende com tecnologias modernas de sensoriamento e conectividade. O BMS permanece como autoridade central do controle predial — mas enriquecido por dados adicionais, possibilitando respostas automáticas e eficientes, garantindo ao mesmo tempo segurança, previsibilidade e conformidade.
Este texto é um resumo de artigo publicado na revista Smart Buildings Magazine.




