O módulo de TIC do IBGE passou a investigar dispositivos inteligentes apenas em 2022. Portanto, não há histórico anterior a esse ano sobre o tema (o foco estava apenas em acesso à internet e posse de computador/tablet/celular).
Segundo dados obtidos através do PNAD Contínua – TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) do IBGE:
- Em 2022, cerca de 14,3% dos domicílios com internet — o equivalente a 9,9 milhões de residências — já possuíam algum tipo de dispositivo inteligente conectado, como lâmpadas, câmeras, caixas de som, geladeiras ou ar-condicionado com internet.
- Em 2023, esse número subiu para 16,0% dos lares conectados — ou cerca de 11,6 milhões de domicílios — um aumento de aproximadamente 1,7 ponto percentual e 1,7 milhão de domicílios a mais do que no ano anterior.
Regionalização e disparidades
A adoção de equipamentos inteligentes é mais alta nas zonas urbanas, onde 17,1% dos domicílios com internet possuem esses aparelhos, contra apenas 7,5% nas áreas rurais.
Por região do país, a Região Sul lidera com 19,8% dos lares já com dispositivos smart, enquanto o Nordeste apresenta a menor taxa, com 11,2%.
Panorama e tendências
Já em 2023, com 16% dos lares com internet possuindo smart devices, percebe-se assim uma tendência de crescimento consistente e expansão entre diferentes classes sociais e regiões.
Conclusão
Em resumo:
Ano | Domicílios com Internet | % com dispositivos inteligentes | Nº de lares smart |
2022 | ~68,9 milhões | 14,3 % | ~9,9 milhões |
2023 | ~72,5 milhões | 16,0 % | ~11,6 milhões |
Durante 2022–2023, houve um crescimento significativo de residências com dispositivos conectados no Brasil.
A adoção ainda é desigual, concentrada em áreas urbanas, regiões mais desenvolvidas (como o Sul) e domicílios com maior renda.
O IBGE segue aprimorando esse monitoramento, contribuindo para políticas públicas voltadas à inclusão digital e diminuição da desigualdade tecnológica.